"Os
que seguram as rédeas do governo são incapazes de resolver o problema
da pobreza, do pauperismo, e do crime crescente... Dessem os homens mais
atenção aos ensinos da Palavra de Deus, e encontrariam uma solução a
esses problemas que os desconcertam. Muito se poderia aprender do Antigo
Testamento quanto à questão do trabalho e do alívio aos pobres". EGW, A Ciência do Bom Viver, p.183.
Qualquer atencioso estudante das Escrituras pode perceber que ainda não
inventaram uma ordem social melhor do que aquela recomendada por Deus, a
qual, diga-se de passagem, não coincide na sua totalidade com o modelo
capitalista vigente na maioria dos países, muito menos tem similaridade
com o modelo socialista (ou comunista) apregoado por muitos.
O socialismo (ou comunismo) derivado de Karl Marx, em sua essência é coletivista, e constrói uma visão de mundo derivada do materialismo dialético, filosofia que exclui totalmente Deus e Sua Palavra como base da realidade última.
Atualmente, a religião marxista tem sido a ordem social ideal
preconizada por muitos intelectuais do mundo acadêmico, pelos meios de
comunicação, e pelas massas ao redor do mundo. Todos esses, ignorantes
ou não, do seu caráter revolucionário, que milita contra a conduta veraz e pacífica defendida por Jesus Cristo.
Em parte é até compreensível essa alta popularidade da religião
marxista, dada a situação caótica do mundo. Mas popularidade e verdade
quase nunca andam de mãos dadas. Onde o socialismo (ou comunismo) foi
levado às suas últimas consequências, o resultado foi aterrorizante.
"Não é plano de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes
sociais jamais deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições
que caracteriza nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem
pretendido provar e desenvolver o caráter. Muitos têm insistido com
grande entusiasmo em que todos os homens devem ter parte igual nas
bençãos temporais de Deus; não era este, porém, o propósito do Criador.
Cristo afirmou que sempre teremos conosco os pobres [Dt 15:11; Mt
26:11]". EGW, Conselhos sobre Saúde, p. 230.
Por outro lado, se o modelo social capitalista defende corretamente a
liberdade e a propriedade, percebe-se claramente também que ele tem
graves defeitos. Dentre eles, podemos mencionar:
* Não há nenhum limite ao acúmulo de riqueza e consequentemente de poder
por parte dos mais ambiciosos. O que de certa forma viola o princípio
bíblico: "Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é
minha; pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos." (Lv 25:23).
Tal erro abre caminho à outros males como por exemplo à corrupção.
* Não há impedimento algum à prática da usura
e da opressão: "Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a
seu Deus; porque eu sou o Senhor vosso Deus." (Lv 25:17). "[Se]
emprestar com usura e receber juros, porventura viverá? Não viverá." (Ez
18:13).
* O sistema financeiro mundial muitas vezes escraviza os devedores
levando-os à falência sem dar-lhes a oportunidade do perdão dessas
dívidas. O ano da remissão ou ano sabático (cada 7 anos), e o ano do
jubileu (cada 50 anos) eram oportunidades de cancelamento de dívidas
possibilitando o recomeço dos pobres devedores na economia judaica (Lv
25).
Enquanto os homens não se voltarem para os princípios da Palavra de Deus jamais viveremos em uma ordem social digna ou perfeita.
Um resumo de alguns destes princípios bíblicos pode ser encontrado nestes dois fantásticos capítulos:
Patriarcas e Profetas, cap. 51.
A Ciência do Bom Viver, cap. 12.
FONTE: http://www.minutoprofetico.blogspot.com/
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