Quando
Deus criou o homem, Deus o criou para ser livre. A capacidade de
escolha foi concedida à humanidade a fim de que o homem pudesse
desenvolver seu caráter. Se não fosse assim, o homem seria como uma
máquina, um robô. Possuindo livre arbítrio nossos primeiros pais tiveram
a oportunidade de exercer a faculdade da escolha, quanto a aceitarem e
obedecerem ao plano de Deus, ou não.
A
vida de Adão e Eva não era ociosa no paraíso. Diz o relato bíblico que
“Deus pôs o homem no Jardim do Éden para o lavrar e o guardar”
(Gênesis 2:15). Os animais também receberam nomes dados por Adão. Assim
nossos primeiros pais estavam envolvidos com as atividades normais da
vida e viviam felizes no seu relacionamento mútuo, bem como no seu
relacionamento com Deus.
Os
versos 16 e 17 do mesmo capítulo dois relatam uma instrução do Senhor:
“De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência
do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comerdes,
certamente morrerás.”
Essa
orientação nos indica que Deus se comunicava diretamente, face a face,
com Adão e Eva. Isso nos serve de base também para concluirmos que o
Senhor tomava tempo para instruir pessoalmente o primeiro casal. Não
erramos em afirmar que Deus lhes contou a história da rebelião ocorrida
no céu e que eles não estavam livres da presença do tentador. Mas, se
desejassem, poderiam seguir fiéis e leais ao Criador. Enquanto
quisessem, seriam felizes e permaneceriam livres das conseqüências do
pecado.
Mas isso não aconteceu.
No capítulo três de Gênesis encontramos o triste relato de como Adão e
Eva cederam as insinuações de Satanás.
Muitas
pessoas incrédulas têm zombado da maneira como a Bíblia trata e
apresenta esse assunto. Ele é muito mais abrangente do que o simples
comer um fruto proibido. Percebemos em todos os aspectos a perfeita
harmonia de caráter de um Deus que é plenamente Santo e plenamente
justo.
Sendo o homem livre, e
existindo o pecado, era necessário que Adão e Eva, por sua própria
escolha, manifestassem o desejo de serem fiéis a Deus ou não. Houvesse
Deus estabelecido uma prova difícil e todos o julgariam tirano e
arbitrário. Escolhendo Deus uma única árvore, num lugar onde havia
tantas outras e com tanta variedade de frutos, mostrou Sua bondade,
simpatia e misericórdia para com o par inocente.
O
ato de comer do fruto mostrou que Adão e Eva acreditaram mais nas
palavras da serpente, que até então não havia falado, do que nas
palavras de Deus. O problema central da queda do homem foi a
desconfiança, falta de fé nas orientações de Deus.
A
serpente, que foi usada como médium, por Satanás, apresentou para eles
uma outra versão dos resultados de se comer daquele fruto. E entre
crer na palavra do Criador, e crer nas palavras da serpente, Adão e Eva
escolheram as palavras da serpente. Que tragédia!
Deus
dissera que iriam morrer. Satanás mentiu dizendo que não morreriam. Em
Gênesis três, 7 a 24 encontramos os resultados e as conseqüências
dessa escolha humana. As mais drásticas conseqüências foram várias
separações, que podem ser assim enumeradas:
A
primeira, a separação entre Deus e o homem. Sendo Deus Santo e
perfeito, todo pecado não subsiste na Sua presença. Assim, Adão e Eva
não poderiam mais ver a face de Deus. O profeta Isaías menciona que são
os nossos pecados que nos fazem separação entre nós e o nosso Deus
(Isaías 59:2).
A segunda, é a
separação da natureza humana. Sendo o homem criado perfeito, puro e
santo, sem nenhuma inclinação para o mal, essa natureza foi manchada e
corrompida. Após o pecado, o homem passou a ter uma natureza dividida
entre o bem e o mal. Perdeu a capacidade natural de fazer o bem e
obedecer a Deus embora tenha restado algo em si da imagem de Deus com
que foi criado. A vontade do homem passou a ser pecaminosa.
Uma
terceira separação que podemos destacar como conseqüência do pecado é
no relacionamento humano. Caso quisesse, Adão poderia ter resistido à
oferta de Eva. Mas, por amor a ela, Adão consentiu também em comer.
Quando Deus perguntou o porquê do ato errado, Adão acusou a mulher
(Gênesis 3:12).
Dessa maneira, a
partir de então, não poderia mais existir pura liberdade e total
democracia. Sempre haveria dominador e dominados (verso 16). As
diferenças e injustiças sociais que marcaram a história da humanidade, e
maltratam ainda hoje, nada mais são do que conseqüência do pecado.
A
quarta separação ocasionada pelo pecado é entre o homem e natureza.
Quando Deus criou o homem, deu-lhe amplo domínio sobre toda a natureza
(Gênesis 1:26). Após o pecado, o homem perdeu esse domínio. Satanás,
levando o homem ao pecado, tirou esse direito. Lemos na segunda carta
aos Coríntios 4:4 que Satanás é chamado o “deus deste século”.
E
uma quinta separação ocasionada pelo pecado é a separação na própria
natureza. Também aqui vemos a existência do bem e do mal. Era bela,
perfeita, simétrica. Com o pecado, o quadro ficou feio. Na carta aos
Romanos, capítulo 8:22, Paulo escreveu que “toda a criação geme e está
justamente com dores de parto até agora”.
Mas
a pior de todas as conseqüências do pecado é a morte. Deus disse: “Do
suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque
dela foste tomado, porquanto és pó, e em pó te tornarás.”
O
apóstolo Paulo confirmou essa sentença quando afirmou que “o salário
do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Deus é o autor e doador da vida.
Pelo poder que emana de Deus todos os seres vivos são conservados com
vida. Quando o homem pecou, automaticamente ficou separado de Deus e
naquele mesmo momento começou a morrer.
Todos nós nos tornamos pecadores também. Muitas pessoas pensam que pecadores são aqueles que praticam pecados ou más ações. Isto está certo, mas não revela a outra face do assunto. Paulo, na mesma carta aos Romanos, capítulo 5, verso 12, diz o seguinte: “Portanto, assim como por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”
Todos nós nos tornamos pecadores também. Muitas pessoas pensam que pecadores são aqueles que praticam pecados ou más ações. Isto está certo, mas não revela a outra face do assunto. Paulo, na mesma carta aos Romanos, capítulo 5, verso 12, diz o seguinte: “Portanto, assim como por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”
Amigo
querido, Deus não apenas proferiu sentenças e castigos, mas fez também
uma promessa. Que um dia, Alguém nascido de mulher seria o único e
suficiente capaz de anular a serpente. Deus estava, desta maneira,
assegurando a possibilidade de vida para a humanidade. Ainda que
viessem a morrer nesta vida, teriam a promessa e a certeza de
ressuscitarem e viverem de acordo com o plano de Deus, quando Ele
restaurasse o mundo e eliminasse o pecado. Essa é a nossa certeza!
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